Lost in Tokyo

Todos estamos destinados a viajar.

Como ser humano, pessoa que experimenta emoções e desenvolve aptidões enquanto experimenta coisas, sinto-me completamente realizada com todo o “pacote de experiências” que uma viagem envolve.

Primeira paragem Tóquio

Entre escalas e voos, aproveitei para rever o filme de Sofia Coppola, Lost in Translation, gosto dos seus filmes, em especial este.

Conseguiu retratar de uma maneira “bela e crua” como as questões culturais e a forma de comunicação podem ser barreiras entre os povos.

Sim, há dificuldade em sermos compreendidos em Tóquio. Quando falei em inglês o significado das minhas expressões perderam-se. São poucos os que falam inglês, mas a o facto de um japonês considerar que é uma “desonra” não conseguir fazer uma tarefa, como dar apenas uma simples indicação ou explicação levou a jogos de mímica, sair do local e mostrar-me direcções. Amabilidade, respeito, organização, são características sempre presentes nesta cidade frenética.

Tóquio é  uma cidade superlotada com inúmeros arranha céus salpicados de jardins lindíssimos, lagos, palácios, templos, zonas trendy, que lhe  dão uma beleza, equilíbrio e personalidade própria.

Logo de manhã visitei o mercado de Tsukiji, o maior mercado de peixes e frutos do mar do mundo. Onde  se pode provar as mais variadas e exóticas comidas. Experimentei e amei: a omelete japonesa, o ramen noodles, as espetadas japonesas,os pratos só com legumes e o melhor sushi e sashimi que comi até hoje. Almocei por aqui.

No início da tarde passeei por um dos belíssimos jardins de Tóquio: muito verde, árvores bonsai, lagos, o elemento água está sempre presente. Foi tempo para a cerimónia do chá numa casa de chá em madeira: bebi chá matcha acompanhado de vários bolinhos de pasta de feijão com diferentes recheios. Todo um ritual que começou com os sapatos arrumados nas prateleiras à entrada, depois fui encaminhada para uma sala e sentei-me no chão virada para o lago. Vestidas com o quimono tradicional serviram o chá em tabuleiros lacados.

Apesar de o primeiro pensamento e sensação ter sido”estou a beber um caldo de relva”,  a paz que senti na sala e a vista maravilhosa para as águas calmas do lago sossegaram-me o coração e deram tréguas ao jet lag.

Tokio

Durante a tarde visitei o maravilhoso templo budista Sensō-ji localizado no bairro de Asakusa. Passei o portão do trovão, onde perdi algum tempo com manobras para tirar uma foto sem apanhar toda a população de Tóquio, tal era a grande a afluência de gente no local.

Segui por uma rua com muitas  lojinhas variadas, onde comprei um saco de deliciosos bolinhos de feijão doce e alguns pauzinhos de incenso que coloquei a queimar  no enorme queimador de incenso… e pedi saúde. Depois entrei no templo principal e rendi-me à beleza demorando tempo a contemplar cada pormenor.

O final da tarde foi passado no bairro de  Shibuya a observar a multidão a passar no “famoso”cruzamento.

tokio

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