Viajar com os mais pequenos
Se há planos que gosto mesmo de fazer são os das nossas férias. Por isso, quando dei por mim com um momento livre no outro dia, comecei a logo a pensar nas deste ano.
Viajar… hum… com ou sem os miúdos?
Há alguma brochura de destinos para crianças assim como aquelas que há para noivos em lua-de-mel? Quais são as melhores viagens, e quais as que devemos evitar de todo, para que o sonho não se transforme num pesadelo?
Qual é o verdadeiro espírito quando escolhemos levar os miúdos connosco numa viagem? Será que o estereotípico turista tem razão? O das sandálias com meias, a mochila porta-crianças, a descontracção estampada na cara, apenas com um destino e a capacidade de improvisação?
Há medida que faço mouse scroll investigo se o destino A, B, ou C, é family-friendly, mas sei sempre à partida que quando a praia e a piscina faz parte dos planos, o sucesso das férias está sempre quase garantido.
Em dois mil e catorze embarcámos num cruzeiro pelo mediterrâneo, o Quico tinha cinco e a Teté três anos.
Decidimos viajar com os miúdos na Disney Cruise Line, depois de conversarmos com amigos que já tinham feito esta viagem.
Assim, preparámos tudo em segredo absoluto, e apanhámos um voo bem cedinho para Barcelona. Embarcámos durante a tarde no Disney Magic, numa aventura mágica de dez dias, pelo mediterrâneo.
Quando entrámos no barco deram-nos as boas vindas anunciando ao microfone o nosso nome. Depois seguimos para a grande festa de abertura, e à boa maneira americana, havia animadores a dançar e a cantar as músicas da Disney. E claro, que não faltaram as personagens das histórias, que fizeram as delicias dos mais pequenos. Os miúdos estavam encantados com tudo o que se passava à nossa volta … Será que isto é mesmo real?
Confesso que apesar de toda a euforia, senti um arrepio ao ver tanta família junta. Ok, estávamos em Agosto.
No cruzeiro, tudo estava super organizado, pensado para a família, e sobretudo para as crianças. Tivemos acesso a actividades, refeições,snacks, diversões, espectáculos, cinema, etc. A tripulação foi sempre muito atenciosa e simpática.
E os passeios ?
Como o barco fez algumas paragens em alguns portos, decidimos sair para passear e conhecer algumas cidades: Marselha, Monte Carlo, Nice, Livorno, Roma, Portofino e Capri, foram as que escolhemos.
Percorremos os lugares dando muito colinho, às cavalitas, a mão, e o carrinho bengala andou sempre connosco. Respeitámos o ritmo dos nossos filhos, e por isso conhecemos as cidades apenas pela rama.
A pergunta mais “perguntada” durante todos os passeios foi…
Mamã, quando voltamos para o barco do Mickey?
Passar o dia de fato de banho e chinelos, a saltitar entre piscinas, escorregas, actividades, com direito a abraçar toda a bonecada, foi o delírio absoluto para os mais pequenos …
À tardinha trocavam o calção de banho, pelo fato de pirata ou de princesa, para o jantar e festas temáticas.
Muitas confidências ao Mickey, à Minnie, à Cinderela … até à hora de dormir.
Hoje em dia, os miúdos recordam esta viagem, não pelos os lugares que visitámos ou pelos passeios que demos, mas pelas aventuras que viveram “no barco do Mickey” 🙂