Ser farmacêutica(o) é uma vocação

Quando procuras uma pessoa para fazer parte da tua equipa…

E na primeira conversa, essa pessoa te diz com todas as letrinhas que o seu objectivo é trabalhar numa agência europeia.

Até agora tudo bem, é bom que se tenham ambições e objectivos a longo prazo.

Mas quando esta abertura é acompanhada por um discurso que mostra entusiasmo APENAS por áreas e tarefas completamente diferentes das que são o dia-a-dia da farmácia… Oops! Há qualquer coisa que te escapou…

“Apenas quero relembrar que acabou de entrar numa farmácia de bairro e que a nossa conversa é sobre um lugar AQUI, não na NASA ou noutra agência internacional.”

Tento reformular: “Estou à procura de uma pessoa fantástica, motivada para trabalhar em farmácia. Não em papéis, mas em pessoas.

Esta é não é uma condição negociável – para se trabalhar em farmácia comunitária é preciso gostar de pessoas”.

É preciso saber ouvir, processar a informação e responder casando o conhecimento técnico-científico com a criação de uma relação interpessoal de carácter fugaz, mas essencial!”

Repito: claro que pode ter outras ambições, mas tem de reconhecer que o nosso trabalho é de grande importância, e requer uma entrega a um nível pessoal que não pode ser ignorada, como se se tratasse de uma pedra num caminho muito maior e mais importante. – É um degrau, quanto muito, e precisa de ser trepado com todo o cuidado ou pode-se tropeçar.

Termino escrevendo que a criatividade e o improviso também fazem parte do dia-a-dia de trabalhar numa farmácia. Há capacidade para crescimento, tanto científico como pessoal. Mas é preciso estar disposto a entrar de corpo e alma.

A farmacêutica 😉

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