Tratar a prisão de ventre
Obstipação
Quase todos nós já passamos por uma situação de obstipação ou, como se costuma dizer em linguagem comum, prisão de ventre.
Este problema pode acontecer em todas as faixas etárias.
De facto, na farmácia todos os dias me aparecem casos distintos: ou é o bebé da Rita, a avó da Joana ou mesmo a minha amiga Raquel. Não vos vou falar de nenhum caso em particular, mas sim deste problema em geral, que até na televisão é destacado (por pessoas que costumam ter relógios na barriga).
A primeira questão que faço é: “Há quanto tempo não evacuam?”
Cada pessoa tem o seu ritmo. Há quem faça todas as manhãs à mesma hora,
há quem faça três vezes por dia, e ainda há quem faça três vezes por semana.
Qual é o limite mínimo?
Evacuar um número de vezes inferior a três por semana é sinal de obstipação, especialmente se tal implicar um grande esforço ou um esforço considerável. Nestas situações o mal-estar abdominal é frequente.
PORQUÊ ?
Este problema pode ocorrer por dois motivos: ou as fezes que o intestino produz são sólidas demais, ou os movimentos intestinais para remoção das mesmas são insuficientes.
Se as fezes ficarem muito tempo no intestino, costumam desidratar e solidificar ainda mais, pelo que será mais difícil expulsá-las.
Assim é necessário arranjar uma SOLUÇÃO.
Para variar um pouco, as primeiras medidas que se tomam compreendem algumas mudanças no estilo de vida:
1º Privilegie os alimentos ricos em fibras: estes alimentos têm capacidade de aumentar o volume das fezes e torná-las mais macias, facilitando a progressão destas. A fruta, os legumes e os cereais são exemplos destes alimentos. O queijo e o arroz podem endurecer as fezes, e por isso devem ser evitados.
2º Beba muitos líquidos: uma vez que têm a capacidade de tornar as fezes mais macias e ajudam na sua movimentação. Aqui refiro-me a água, sumos de fruta, e mesmo sopas.
3ª Pratique exercício físico: de forma a estimular os músculos intestinais. Caminhe, nade, corra ou pedale!
Muitas vezes as pessoas vão à farmácia em busca de um laxante. Estes medicamentos devem apenas ser utilizados excepcionalmente e sob consulta de um médico ou farmacêutico.
Existem diferentes tipos de laxantes, pelo que, o mais adequado depende das características de cada situação e de cada pessoa. Além disso, podem ocorrer efeitos secundários como dores de barriga, gases, enjoos e alteração na absorção de nutrientes ou mesmo de medicamentos.
ATENÇÃO: Quando são usados de forma abusiva, o nosso intestino pode tornar-se preguiçoso. Por isso, pense duas vezes antes de tomar um laxante!
Apesar disto alguns deles são bastante seguros de usar, até durante períodos mais prolongados.
Em caso de dúvida, a sua farmacêutica está lá para aconselhar o indicado para a situação 😉
Texto escrito pela Filipa.